Brasília – Três decisões foram tomadas na reunião dos presidentes e líderes dos partidos oposicionistas em reação às declarações feitas pelo ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, o Silvinho, segundo o qual o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza pretendia arrecadar, em licitações fraudulentas e contratos manipulados, R$ 1 bilhão de dólares para o caixa dois petista. O deputado Jutahy Junior (PSDB-BA) disse que a primeira delas foi o pedido de proteção policial a Sílvio Pereira; a segunda foi que as oposições decidiram fazer uma moção de solidariedade à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que entrou com queixa-crime junto ao Ministério Público, abandonando a idéia de pedir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, o terceiro ponto, foi o consenso de que as declarações de Sílvio Pereira foram muito fortes.
Segundo o deputado, as denúncias revelam a existência de um esquema maior de desvio de dinheiro que o apurado pela CPI dos Correios e que no PT todos sabiam. Jutahy disse ainda que verificou-se claramente que o empresário Marcos Valério tinha duas opções: ou derrubava a República ou se matava. Ele acabou encontrando um meio termo, disse o deputado. "Isso só confirma o que o procurador (o procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza ) falou, que foi montada uma organização criminosa para pilhar o governo".