Oposição exigirá abertura imediata da CPI do Apagão

O caos provocado nos aeroportos pela greve dos controladores de vôo deu nova munição aos partidos de oposição para voltar à carga na briga pela instalação da CPI do Apagão Aéreo. Os oposicionistas devem levar ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e às lideranças da base aliada a proposta de que a CPI seja instalada imediatamente. ?A proposta do nosso partido é convencer o presidente da Câmara a instalar já a comissão. A Câmara tem responsabilidade com o Brasil. Não pode se omitir em um momento como esse por conta de questões político-partidárias?, afirmou o líder do PSDB, deputado Antônio Carlos Pannunzio (PSDB-SP). ?Esse episódio reforça a necessidade de uma CPI?, afirmou o líder da minoria, Júlio Redecker (PSDB-RS).

O deputado gaúcho passou a tarde de ontem no telefone articulando para hoje uma reunião dos representantes dos partidos da oposição da Câmara – DEM (ex-PFL), PPS e PSDB – com o objetivo de formalizar a proposta. A idéia é levá-la a Chinaglia ainda hoje ou colocá-la em debate amanhã, durante a reunião do colégio de líderes da Câmara. O DEM pretende esticar ainda mais a corda. O líder do partido, deputado Onyx Lornzoni (RS), afirma que defenderá no encontro a proposta que a oposição volte a obstruir as votações, caso Arlindo Chinaglia se negue a instalar a CPI até amanhã.

Na semana passada, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar determinando que a Câmara desarquivasse o pedido de criação da CPI, revertendo a vitória obtida pelo governo no plenário. No entanto, o ministro informou que a comissão somente poderá funcionar em definitivo quando o plenário do STF julgar o mérito da questão – o que só deve acontecer no fim de abril ou no começo de maio. Para Celso de Mello, a comissão não pode funcionar de forma provisória apenas com base na liminar.

Segundo Redecker, se não houver acordo e Chinaglia insistir em aguardar a decisão definitiva do STF, ele proporá que a oposição vá formalmente à presidente da Corte, Ellen Gracie, pedir que o julgamento ocorra o mais rápido possível.

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