A representante da Rede de Humanização do Parto (Rehuna), Eloísa Lessa, informou há pouco que o campo obstétrico nacional é composto por 18 mil médicos, 6 mil enfermeiras e 60 mil parteiras tradicionais. Segundo ela, começa a ser retomada a figura da doula – mulher que dá suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto.
Eloísa Lessa participa da audiência pública promovida pela Comissão de Legislação Participativa para discutir a situação das parteiras tradicionais no Brasil.
Parto em casa
Segundo ela, nos partos em casa, é preciso haver segurança, privacidade e luz baixa, além de silêncio. Em vez da linguagem falada, deve ser usado outro tipo de linguagem, como gestos. Eloísa Lessa explicou, ainda, que o trabalho de parto feito pela parteira dura em média 6 horas. Já no hospital, o tempo é de 12 horas.
De acordo com Eloísa, a Rehuna – uma organização não-governamental que já atua há 12 anos – apóia e incentiva o trabalho das parteiras e faz parte de um movimento internacional a favor de partos em casa.
Ela citou reportagem do jornal inglês The Independent, na qual a secretária de Saúde britânica, Patricia Hewitt, defende que as mulheres devam dar à luz em casa, e não nos hospitais.