Oito deputados atendem apelo para continuar no Conselho de Ética

Brasília ? Nove deputados que compõem o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar apresentaram pedido coletivo de afastamento de suas vagas, esta manhã. O requerimento foi uma forma de protesto contra o plenário da Câmara, que absolveu seis deputados que haviam sido condenados no Conselho de Ética. O último passo para o pedido coletivo de renúncia foi absolvição em plenário, ontem à noite, do deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

O presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP) fez um apelo para que os parlamentares continuassem em seus cargos até o fim dos dois últimos processos que estão sendo julgados ? de Vadão Gomes (PP-SP) e José Janene (PP-PR). O pedido de Izar foi atendido por oito dos nove deputados que haviam pedido afastamento. Apenas Júlio Delgado (PSB-MG) manteve a decisão de deixar sua vaga. O presidente do Conselho disse que espera que o PPS indique outro deputado para ocupar a vaga de Júlio Delgado ? que depois mudou-se para o PSB.

"O Conselho não tem os seus trabalhos respaldados pelo plenário e, em função disso, nós não temos mais porque ficar fazendo uma papel meramente encenatório", disse Delgado. Os outros deputados que haviam pedido afastamento são Carlos Sampaio (PMDB-SP), Nelson Trad (PMDB-MS), Orlando Fantazzini (PT-SP), Benedito de Lyra (PP-AL), Chico Alencar (PSol-RJ). Outros três que pediram afastamento são suplentes: Cézar Schirmer (PMDB-RS), Cláudio Magrão (PPS-SP) e Marcelo Ortiz (PV-SP).

Esses oito pretendem ficar até o próximo dia 18, data em que está marcada a votação do parecer sobre o deputado Vadão. "A nossa convicção é que o caso Janene é de protelação perene. Ele não vai ser julgado tão cedo, adotou esse procedimento e tem tido êxito nele", destacou Chico Alencar. Na próxima terça-feira, o Conselho sorteia um novo relator para o processo de Janene. A antiga relatora, deputada Angela Guadagnin (PT-SP) está afastada do Conselho.

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