O Conselho de Ética da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai instaurar um processo para investigar o deputado federal Juvenil Alves (PT-MG) por suposta violação de conduta disciplinar. O parlamentar, que é advogado tributarista, foi indiciado pela Polícia Federal por sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e evasão de divisas. Ele é apontado como mentor e executor de um esquema de blindagem patrimonial de empresas devedoras de tributos. Por meio de sua assessoria de imprensa, Juvenil disse que desconhece o processo da Ordem e voltou a negar as acusações.
O deputado foi detido durante a Operação Castelhana, em novembro de 2006, em uma ação conjunta entre a PF e a Receita Federal, que visava desarticular uma organização especializada em crimes financeiros. Além de Alves, foram presas mais 12 pessoas, entre empresários, contadores e advogados. Segundo a Receita Federal, o grupo pode ter causado um prejuízo superior a R$ 1 bilhão aos cofres públicos. As ações foram realizadas nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Alagoas e no Distrito Federal.