O neto preferido

A afirmação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, motivando, como não poderia ser de outra maneira, imediata reação do grupo melindrado com a sugestão. Lula revelou que, em termos da sucessão presidencial, a idéia que mais lhe agrada é a candidatura única da base já no primeiro turno, a fim de eliminar toda e qualquer possibilidade de defecções irremediáveis.

Inclusive, adiantou sua excelência a disposição de pedir licença do cargo para se dedicar por inteiro à campanha do aliado ungido pela base. O presidente foi além e deu o nome do candidato ideal – o governador Aécio Neves – embora com a menção de um requisito essencial: a necessidade de o neto preferido de Tancredo Neves transferir sua matalotagem para o PMDB.

Ocorre que Aécio Neves é um dos notáveis do PSDB, ademais de ser uma personalidade em ascensão na vida política brasileira. Seus amigos mais próximos no tucanato citam que não houve da parte do governador, que parece ter esnobado a sugestão de Lula, nenhuma consideração sobre o assunto.

O proverbial silêncio mineiro ficará ainda mais audível, a partir de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao considerar passíveis da perda do mandato também os governadores que trocarem de partido após 26 de março último.

Aliados de Aécio descartam a tese do abandono do partido, mas ao mesmo tempo reforçam a luta interna pela conquista da candidatura presidencial, mesmo que isso signifique enfrentar o poderio do governador José Serra. Os tucanos não querem saber de brincadeiras.

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