A madrugada de terror no Rio resultou em 16 mortes, informou o secretário estadual de Segurança, Roberto Precioso. As primeiras informações divulgadas hoje davam conta de que teriam morrido 12 pessoas. Ao todo, segundo a secretaria, foram 12 ataques e, além dos mortos, 22 pessoas ficaram feridas. Segundo o secretário, os ataques foram uma reação dos bandidos às ações da polícia para combater o tráfico de drogas.
Somente no ônibus 6011 (Cachoeiro de Itapemirim, ES – São Paulo, capital), da viação Itapemirim, incendiado por traficantes na madrugada de hoje, quando passava pela Avenida Brasil, foram registrados sete mortos. Outros passageiros estão sendo atendidos em hospitais do Rio, em estado grave. Foram confirmadas também as mortes de dois civis, dois policiais e cinco bandidos, que teriam morrido em confronto com a polícia.
O secretário de comunicação do governo estadual, Ricardo Bruno, disse que por enquanto a governadora do Rio, Rosinha Matheus, não comentará a onda de ataques. Os bandidos envolvidos nos ataques teriam distribuído ontem panfletos nos quais estava escrito: "Rosinha e Garotinho apóiam a milícia contra o pobre e favelado. A milícia massacra os pobres da favela e a resposta é o rio de sangue".
Prisões
A assessoria de imprensa da Polícia Militar do Rio divulgou uma nota confirmando a prisão de três suspeitos de terem participado do incêndio criminoso ao ônibus da Viação Itapemirim. Segundo a PM, os três homens estão com as mãos queimadas e não conseguiram justificar os ferimentos. Eles foram apontados por uma testemunha e detidos na favela Cidade Alta, na zona norte, por policiais militares do Batalhão de Patrulhamento de Vias Especiais (BPVE).
A Viação Itapemirim divulgou comunicado informando que o ônibus número 6011 partiu às 17h de ontem da cidade de Cachoeiro do Itapemirim (ES) com 28 passageiros em direção a São Paulo. A empresa afirma que não há confirmação oficial do número de vítimas, já que alguns passageiros fugiram do local e ainda estão sendo localizados.