No Paraná, paralisação de servidores foi só por hoje

Diferentemente dos servidores de outros estados, que decidiram por uma paralisação de 48 horas, o funcionalismo público federal paranaense deixou de atender o público apenas hoje. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos de Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social (Sindiprev), a adesão ao movimento foi maior nos postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), embora servidores do Ministério da Saúde, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária também tenham paralisado suas atividades em alguns municípios.

Segundo a diretora do Sindiprev, Jaqueline Mendes, em Curitiba, nenhuma das 11 agências do INSS abriu hoje, o mesmo acontecendo com as gerências de Cascavel, Londrina e Maringá. Apenas em Ponta Grossa o expediente foi considerado normal.

A Superintendência do INSS informou que os postos da capital atenderam com as portas fechadas, apenas serviços e consultas que já estavam agendadas. A gerência do INSS em Curitiba adota o sistema de agendamento para evitar filas. O segurado comparece entre as 8 e as 14 horas, faz sua solicitação e é informado sobre o dia em que deve voltar. Jaqueline Mendes disse que os funcionários consideram esse método uma vitória, o que fez com que a paralisação na capital fosse por um período de tempo menor.

Existem 1.600 mil funcionários em todo o estado, sendo 600 em Curitiba e região metropolitana.

De acordo Jaqueline Mendes, no Paraná, além da reivindicação salarial, que faz parte da pauta nacional, a falta de condições de trabalho é a queixa mais freqüente dos funcionários. Ela disse que das 365 mil vagas oferecidas pelo INSS em todo o país apenas 59 foram para o Paraná, onde há um déficit cerca de mil servidores. A maior parte das reclamações que chegam até o sindicato são de funcionários doentes, vítimas da lesão por esforço repetitivo (LER) e quadros graves de depressão, informou Jaqueline.

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