Ao pedir votos para produtores e lideranças políticas da região de Uberaba (MG), o candidato tucano à sucessão presidencial, Geraldo Alckmin, disse hoje que os eleitores não devem se impressionar com as pesquisas de intenção de voto, que dão como certa a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno. Segundo ele, no primeiro turno o adversário ficou dizendo que ganharia e isso acabou não acontecendo. "O Brasil não agüenta mais essa prática de corrupção. Vamos acabar com a roubalheira", disse Alckmin em seu discurso, sendo bastante aplaudido por uma platéia de aproximadamente 200 pessoas.
Ao lado do governador mineiro, Aécio Neves, potencial candidato à sucessão presidencial de 2010, Alckmin voltou a defender a necessidade de mudanças urgentes no País. "Dois mil e dez é importante, mas o povo brasileiro não pode ficar mais quatro anos esperando, ficar desse jeito que o Brasil está indo". Afirmou. "Meu adversário já disse que não vai fazer ajuste fiscal", disse Alckmin, referindo-se ao debate, ontem, no SBT. Alckmin fez um diagnóstico negativo do governo Lula, desafiando seu adversário a promover renda e emprego. Ele disse que Lula prometeu 10 milhões de empregos, mas só aumentou 1 milhão. "Hoje tem 9 milhões de desempregados. E a pior situação é das mulheres que mais sofrem com o desemprego e as pessoas com mais de 40 anos", disse. Dirigindo-se aos produtores, Alckmin disse que muitos fatores contribuíram para a maior crise da agricultura, e assumiu o compromisso com esse setor da economia.
Alckmin acusou Lula de não ter cuidado da saúde pública e prometeu que, se eleito, a partir de 1º de janeiro fará um grande mutirão a favor do Sistema`Único de Saúde, "que precisa avançar".
O governador Aécio Neves também fez discurso ressaltando a necessidade de Alckmin ganhar a eleição. "Vamos sair daqui pedindo votos, pondo adesivos nos carros e bandeira nas nossas janelas", conclamou. Em nenhum momento o governador fez criticas diretas a Lula, mas prometeu ajudar para multiplicar os votos de Alckmin em Minas.