Negócios com papéis da dívida do Brasil crescem 24%

Os negócios com papéis da dívida brasileira no primeiro trimestre somaram US$ 444 bilhões, um aumento de 24% em relação aos volumes registrados tanto no último trimestre de 2005 (US$ 357 bilhões) como no mesmo período há um ano (US$ 359 bilhões), informou hoje a EMTA, associação que reúne instituições que transacionam ativos de países emergentes.

O Brasil foi responsável por 27% do volume total com papéis da dívida emergente entre janeiro e março passados, a maior participação entre os países pesquisados. No trimestre anterior, o país havia abocanhado 26% do total dos negócios.

No total, as transações com títulos emergentes atingiram US$ 1 631 trilhão, um aumento de 18% em relação ao último trimestre do ano passado. Esse foi o maior volume de negócios com a dívida emergente desde que a EMTA começou a realizar esse levantamento em 1997.

Apenas o bônus externo brasileiro com vencimento em 2040 foi responsável por US$ 143 bilhões do volume de negócios e contabilizou mais da metade (54%) de todas as transações com eurobônus do país. Além disso, a pesquisa constatou um total de US$ 133 bilhões em negócios com instrumentos da dívida pública brasileira (ante os US$ 98 bilhões do trimestre anterior) e US$ 19 bilhões com eurobônus corporativos do país (ante os US$ 11 bilhões do trimestre anterior.

O diretor para pesquisa de mercados emergentes do banco Goldman Sachs, Paulo Leme, disse que "o Brasil foi um dos principais destinos tanto dos fluxos dedicados como dos não dedicados nos mercados emergentes por causa de suas taxas de juros reais elevadas, o atual ciclo de relaxamento monetário promovido pelo Banco Central, e pela especulação do mercado sobre uma maior valorização do real, pois o superávit no balanço de pagamentos continuou a subir no país nesse período".

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