Wall Street Journal acusa Caracas de conivência com FARC

O Wall Street Journal reproduziu nesta sexta-feira (09) as acusações já conhecidas dirigidas ao governo da Venezuela, alinhadas com afirmações do governo norte-americano, sobre planos de colaboração com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

As acusações, feitas também oficial e extra-oficialmente por autoridades colombianas, foram rechaçadas pelos governantes venezuelanos.

As versões são atribuídas a arquivos de um computador que, segundo as afirmações do governo colombiano, ficou preservado após o ataque militar de Bogotá — que destruiu, em território equatoriano, um acampamento das Farc, matando 26 pessoas, entre elas o dirigente guerrilheiro Raúl Reyes.

O Wall Street Journal sustenta que o governo do presidente Hugo Chávez teria oferecido aos guerrilheiros colombianos mísseis RPG e baterias antiaéreas, bem como o uso de um porto para receber carregamentos de armas.

Bernardo Alvarez, embaixador venezuelano nos Estados Unidos, reiterou as afirmações de seu governo, segundo as quais as versões são "falsas" e expressam mais uma tentativa de George W. Bush de desacreditar Chávez.

O jornal disse que, segundo um "alto oficial" norte-americano, "há completo acordo entre os serviços de inteligência de que esses documentos são reais".

Quando a Colômbia violou a soberania equatoriana com o ataque de 1º de março, foi objeto de críticas generalizadas na região, às quais respondeu com uma série de acusações contra os governos de Equador e Venezuela, de conivência com as Farc, expressas oficialmente ou através da imprensa.

As acusações foram respaldadas pelo governo dos Estados Unidos, que tem no presidente Álvaro Uribe um de seus aliados mais próximos na América Latina.

Além disso, o governo Bush apoiou o ataque militar colombiano em território equatoriano.

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