Venezuela quer paz e EUA querem guerra, diz Chávez

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta quarta-feira (5) que a Venezuela quer a paz, mas que a Colômbia e seus aliados em Washington representam a guerra, e que o conflito perpétuo com os Estados Unidos é inevitável. "É preciso dizer: eles, o império (os EUA) e seus lacaios, são a guerra", disse Chávez em um discurso na televisão. "Nós queremos a paz. Nós somos do caminho para a paz". Chávez disse que falou pelo telefone hoje com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que estava "preocupado com a situação.

A Venezuela e o Equador enviaram milhares de soldados às suas fronteiras com a Colômbia, em resposta a um ataque militar colombiano que matou 17 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no sábado, em um acampamento no Equador. O Equador disse que o ataque foi uma violação à sua soberania e território e afirmou ter congelado os esforços para libertar os reféns mantidos no cativeiro pelas Farc, incluída a ex-candidata à presidência colombiana Ingrid Betancourt. Chávez alertou a Colômbia que a Venezuela responderá com a força a qualquer violação da sua fronteira.

O porta-voz de Sarkozy, David Martinon, confirmou que o líder francês falou com Chávez. Em comunicado, Martinon disse que Sarkozy instou a "todos os países da região e a todos os preocupados em mostrar responsabilidade e cautela, para que haja uma volta ao caminho do diálogo e da cooperação. Os dois presidentes expressaram a vontade que os últimos acontecimentos não bloqueiem o processo para a libertação dos reféns ainda nas mãos das Farc", informa o comunicado. As Farc libertaram seis reféns neste ano e todos foram entregues a Chávez, incluídos quatro políticos colombianos soltos na semana passada.

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