Autoridades da Chancelaria uruguaia se reunirão com seus colegas venezuelanos durante a 5ª Cúpula entre América Latina, Caribe e União Européia, em Lima, para reativar as relações comerciais que, segundo Montevidéu, pioraram nos últimos tempos.
O subsecretário das Relações Exteriores uruguaio, Pedro Vaz, viajou ontem ao Peru, para participar do encontro bilateral que seu governo requisitou junto ao chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, informou o semanário Búsqueda.
Esta semana o chanceler uruguaio, Gonzalo Fernández, transmitiu a líderes da oposição, com os quais se reuniu após viajar aos Estados Unidos e ao Brasil, sua preocupação com o fato de o intercâmbio comercial com a Venezuela estar "esfriando e se tornando lento".
A relação comercial bilateral, diferente dos últimos anos, "não é ágil, não é fluida", disse o chanceler aos dirigentes políticos, segundo o Búsqueda.
A situação se insere ainda em uma recente polêmica suscitada por supostas declarações, divulgadas pelo mesmo semanário, com críticas ao governo de Hugo Chávez efetuadas pelo embaixador uruguaio na Venezuela, Gerónimo Cardoso, que as relativizou e, ao mesmo tempo, qualificou de "lixo antiético" sua difusão na revista.
Paralelamente, a Chancelaria uruguaia iniciou uma série de passos para melhorar o acesso de produtos locais ao Brasil e ao México, os dois mercados mais poderosos da região.
Com o Brasil, começou a negociar uma renovação do acordo automotor que vence em junho e, com o Uruguai, tenta ampliar os setores e quotas incluídos no Tratado de Livre Comércio (TLC) entre ambos países para o qual uma delegação técnica viajou ao país.
O governo de Tabaré Vázquez espera poder efetuar algum anúncio nesse sentido em sua visita à Cidade do México, na próxima semana.