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Turquia julga 29 ex-policiais em Istambul por participação em tentativa de golpe

Vinte e nove ex-policiais estão sendo julgados hoje na Turquia por suposta participação na fracassada tentativa de golpe ocorrida em 15 de julho, que causou cerca de 270 mortes. O julgamento é o primeiro a ocorrer em Istambul.

Na ocasião, militares dissentes usaram tanques, jatos e helicópteros na tentativa de derrubar o governo, e atacaram o Parlamento e outros edifícios oficiais.

A Turquia atribui a tentativa de golpe a uma rede de seguidores do clérigo muçulmano Fethullah Gulen, um ex-aliado que se tornou inimigo do presidente Recep Tayyip Erdogan e que hoje vive nos EUA.

Gulen, que a Turquia quer extraditar dos EUA para que também seja julgado, nega envolvimento no golpe fracassado.

Em reação, o governo turco declarou estado de emergência e lançou uma ofensiva de larga escala contra o movimento de Gulen, que foi declarado como organização terrorista.

Mais de 40 mil pessoas foram presas por suposta participação no golpe, enquanto dezenas de milhares de simpatizantes de Gulen foram afastados de empregos públicos.

Os policiais que estão sendo julgados em Istambul incluem três pilotos de helicóptero. A procuradoria pede prisão perpétua para 21 deles e detenção por até 15 anos para os demais oito ex-policiais. Os réus deverão ser ouvidos hoje e amanhã.

Cerca de 45 soldados estão sendo julgados em casos separados relacionados ao golpe nas cidades de Zonguldak, Bursa e Erzurum. Fonte: Associated Press.

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