Tuberculose recua ao redor do mundo, afirma a OMS

Pela primeira vez desde que os registros começaram, existem atualmente menos pessoas doentes de tuberculose no mundo inteiro, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira. Mas falta dinheiro para o desenvolvimento de remédios mais resistentes para o combate à doença, alertou a entidade. O relatório indica que 8,8 milhões de pessoas pegaram a tuberculose no ano passado, abaixo dos 9 milhões que desenvolveram a doença em 2005, informou a OMS no Relatório Mundial de 2011 sobre o Controle da Tuberculose.

As mortes provocadas pela enfermidade também caíram em 2010 para o nível mais baixo em uma década, do auge de 1,8 milhão em 2003 para 1,4 milhão no ano passado.

Contudo, a OMS alerta que as pesquisas para combater a tuberculose, que está cada vez mais resistente a medicamentos, estão com poucos recursos. A entidade aponta que haverá uma falta de US$ 1 bilhão para o combate à doença em 2012.

“Menos pessoas estão morrendo de tuberculose no mundo e menos ainda estão ficando doentes. Este é um grande progresso. Mas não existem motivos para o desleixo no combate à enfermidade”, disse em comunicado o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

“Milhões de pessoas ainda são atingidas pela tuberculose a cada ano e muitas delas morrerão. Eu peço um apoio sério e contínuo à prevenção da tuberculose, especialmente entre as pessoas mais pobres e vulneráveis do mundo”, disse Ban.

O relatório da OMS consultou números dos últimos anos de 96 países. O relatório indica que o número absoluto de casos de tuberculose está em declínio desde 2006, principalmente em países da África subsaariana, como Tanzânia e Quênia, onde a expansão da enfermidade no passado era ligada ao avanço da epidemia do HIV.

O relatório também indica que houve um avanço significativo no Brasil, desde a década de 1990. No Brasil houve “um declínio significativo e contínuo” na tuberculose.

Na China, as mortes por tuberculose caíram de 216 mil em 1990 para 55 mil em 2010.

“Em muitos países, uma forte liderança e o aumento de recursos para a saúde, junto a um robusto auxílio dos doadores, começou a fazer uma diferença real na luta contra a tuberculose”, disse a diretora-geral da OMS, Margareth Chan.

As informações são da Dow Jones.

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