Cerimônia na Casa Branca

Trump diz que o Estados Unidos “não precisa” do Brasil

Imagem mostra Donald Trump.
Foto: Reprodução/Instagram Donald Trump.

Em declarações polêmicas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (20) que seu país “não precisa” do Brasil e da América Latina. A fala ocorreu durante uma cerimônia na Casa Branca, onde o mandatário assinou decretos em seu primeiro dia do novo mandato.

“Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles. Na verdade, não precisamos deles, e o mundo todo precisa de nós”, disse Trump, respondendo a uma pergunta da jornalista Raquel Krähenbühl, da Globonews.

A repórter havia questionado sobre uma proposta de paz para a Guerra da Ucrânia, elaborada pela China e pelo Brasil. Trump demonstrou desconhecimento sobre a iniciativa, perguntando: “O Brasil está envolvido nisso? Não sabia. Você é brasileira?”

O presidente americano reiterou sua postura protecionista, prometendo erguer barreiras tarifárias contra diversos países, incluindo o Brasil. Trump anunciou que imporá tarifas de 25% a produtos importados do México e do Canadá a partir de fevereiro, além de ameaçar medidas similares contra a Europa e a China.

Durante o evento, Trump assinou uma série de decretos controversos, revertendo diversas medidas implementadas por seu antecessor, Joe Biden. Entre as ações estão o endurecimento da fiscalização de migrantes, o estímulo à exploração de combustíveis fósseis e o fim de políticas relacionadas à diversidade.

Apesar das declarações do presidente americano, a diplomacia brasileira mantém uma postura pragmática. Fontes do governo Lula acreditam que o Brasil não será uma prioridade para Trump, mesmo em assuntos continentais. Cuba, Venezuela e o Canal do Panamá tendem a receber mais atenção da administração republicana.

Os principais nomes da gestão Trump para a região são o novo secretário de Estado, Marco Rubio, de origem cubana, e o enviado para América Latina, Mauricio Claver-Carone. Diplomatas brasileiros esperam que Claver-Carone, ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), adote uma abordagem menos agressiva em relação ao Brasil, possivelmente ampliando investimentos e parcerias para contrabalançar a influência chinesa no continente.

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