Solana propõe vaga para Brasil no Conselho da ONU

O mundo será melhor se os Estados Unidos se tornarem mais ativos nos assuntos globais e potências emergentes como o Brasil tiverem assento no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), opinou nesta quarta-feira (24) o chefe de política externa da União Européia (UE), Javier Solana. "Faz-se necessário repensar a ordem mundial que foi construída em torno dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais", escreveu Solana na última edição da "Europe’s World", uma publicação política européia. "Deveríamos abrir espaço no Conselho de Segurança da ONU para novos pesos pesados, como o Brasil, a Índia e a África do Sul.

"Nos últimos anos, os Estados Unidos têm tido um foco estreito em prioridades de curto prazo e menos desejosos de buscar trocas que beneficiem mais profundamente outros países", escreveu Solana. Ele argumenta que quando as nações do Grupo dos Oito (G-8, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia) se reúnem para discutir propostas para o fortalecimento das relações internacionais, elas não refletem adequadamente o poder econômico e político global.

"Temos de abrir espaço na cabeceira da mesa. Se é para (o G-8) se tornar mais efetivo, ele precisa ser mais representativo", opinou. Solana acrescentou que o grupo deveria ter atualmente dez membros e a inclusão deveria refletir o perfil econômico de cada nação, assim como sua contribuição civil e militar às missões de paz. "Isso traria não apenas a China e a Índia para o grupo, mas também manteria atuais membros perto da porta de saída", escreveu.

Voltar ao topo