Sob tensão, Coreias lembram guerra da década de 1950

Milhares de pessoas nas duas Coreias lembraram hoje do início do conflito que ficou conhecido como Guerra da Coreia (1950-1953). Os norte-coreanos realizaram uma manifestação no centro de Pyongyang, capital da Coreia do Norte, para lembrar o aniversário da guerra e protestar contra as sanções internacionais ao país impostas após a realização do recente teste nuclear. Já em Seul, capital da Coreia do Sul, aproximadamente 5 mil pessoas, entre elas muitos veteranos norte-americanos e sul-coreanos e viúvas, lembraram o conflito.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ampliou as sanções econômicas aos norte-coreanos, apontando que o arsenal de Pyongyang é uma “ameaça extraordinária” aos EUA, segundo o site da Casa Branca. Os norte-coreanos realizaram seu segundo teste nuclear no mês passado (o primeiro foi em 2006). Uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), aprovada após o teste nuclear deste ano, prevê que sejam interceptados navios norte-coreanos suspeitos de levar armas ou outros materiais relacionados. Pyongyang já afirmou que considerará qualquer interceptação uma declaração de guerra.

Atualmente, a Marinha dos EUA monitora um navio suspeito que segue para Mianmar. O Pentágono informou ontem que ainda não há decisão sobre uma possível interceptação. Em outra fonte de discórdia com os EUA, a Coreia do Norte prendeu em março e condenou as jornalistas Laura Ling e Euna Lee a 12 anos de trabalhos forçados, por entrarem ilegalmente no país e por “atos hostis”. O governo americano já pediu a libertação delas e rechaçou as acusações.

Arsenal atômico

A Coreia do Norte afirmou hoje que “nuvens negras de guerra nuclear” pairam sobre a península coreana e prometeu reforçar seu arsenal atômico para marcar o aniversário da Guerra Coreana. O conflito começou em 25 de junho de 1950, quando a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul, e terminou com um armistício, e não com um acordo de paz, o que ainda mantém o norte comunista e o sul capitalista tecnicamente em guerra.

As autoridades acreditam que o norte vai disparar mísseis de curto ou médio alcance a partir de sua costa leste nas próximas duas semanas, após avisar os barcos estrangeiros para que se afastem de uma área específica durante o período.

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