Segunda mulher-bomba seria uma professora

Uma professora de 28 anos do Daguestão, região autônoma do norte do Cáucaso, pode ser uma das mulheres-bomba responsáveis pelos atentados terroristas no metrô de Moscou, que deixaram 40 mortos e pelo menos 121 feridos na segunda-feira passada, informou hoje o jornal russo Novaya Gazeta.

Segundo a publicação, o pai da professora, Rasul Magomedov, diz ter identificado sua filha em uma foto da suposta terrorista que tem circulado na internet. “Minha esposa e eu reconhecemos imediatamente nossa filha Maryam”, disse o pai, segundo o jornal. “Na última vez em que minha esposa viu nossa filha, ela estava usando o mesmo cachecol vermelho da foto.”

Magomedov disse que sua filha, Maryam Sharilova, desapareceu no dia anterior aos atentados, embora ele não tenha ideia de como ela chegou até Moscou, depois de sair do vilarejo de Balakhani, no sul da Rússia.

Uma das terroristas foi identificada como sendo a viúva adolescente de um militante islâmico do Daguestão, uma das várias regiões predominantemente muçulmanas do norte do Cáucaso.

Na sexta-feira, o jornal Kommersant disse que a outra terrorista seria uma jovem chechena de 20 anos, viúva de outro líder militante, morto em outubro durante uma tentativa de assassinato do presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, que conta com o apoio do governo russo.

Na quarta-feira, 12 pessoas morreram em dois outros atentados suicidas no Daguestão. A região é o epicentro da violência que assola o norte do Cáucaso há anos, após duas guerras separatistas na vizinha Chechênia. As informações são da Associated Press.