Repressão a protestos deixa feridos no Iêmen

Tropas do governo do Iêmen usaram armas de fogo e gás lacrimogêneo para reprimir manifestantes hoje em Sanaa, a capital, e na cidade de Taiz, no sul do país. Mais de 120 pessoas foram mortas desde 11 de fevereiro, quando começaram os protestos pela renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, que está no poder há 30 anos e é aliado dos EUA na luta contra a rede terrorista Al Qaeda.

Em Sanaa, policiais à paisana atacaram com armas de fogo, bastões e pedras uma praça no centro da cidade na qual dezenas de milhares de manifestantes estão concentrados, disse o médico Wasim al-Qurshi, que tratava os feridos em um centro improvisado de primeiros socorros. Segundo ele, 11 pessoas foram atingidas por tiros.

Em Taiz, integrantes da guarda presidencial, comandada pelo filho mais velho de Saleh, usaram armas de fogo e gás lacrimogêneo para reprimir milhares de manifestantes que faziam uma passeata. O ativista de oposição Nouh al-Wafi disse que pelo menos três pessoas ficaram gravemente feridas. Quatro pessoas haviam morrido nos confrontos em Taiz ontem.

Segundo o ativista Ghazi al-Samei, a principal manifestação em Taiz é uma concentração de milhares de opositores do regime diante do palácio do governador, de quem exigem a renúncia. Segundo ele, há vários deputados entre os manifestantes. Outro ativista, Abdel Malek al-Youssefi, disse que o Exército posicionou tanques nas entradas de Taiz para impedir que manifestantes de oposição provenientes de outros locais entrassem na cidade. O diretor do hospital de campo local, Sadeq al-Shuja, afirmou que pelo menos 400 pessoas ficaram feridas nos confrontos de ontem, entre eles 23 policiais. As informações são da Associated Press.

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