Reforma eleitoral britânica deve acabar rejeitada

A proposta de mudança do sistema eleitoral, defendida pelo Partido Liberal-Democrata (Lib-Dem), deve ser rejeitada pela ampla maioria do eleitorado da Grã-Bretanha. Pesquisas de boca de urna reveladas na noite de ontem, em Londres, apontam a vitória esmagadora do “Não” ao projeto de introdução do Voto Alternativo, que quebraria a bipolaridade do cenário político britânico. Esmagado pela rejeição de conservadores e de trabalhistas, Nick Clegg, vice-premiê e líder do partido, está sob pressão, balançando a coalizão do primeiro-ministro David Cameron.

As projeções dos resultados divulgadas na noite de ontem por institutos de pesquisa indicavam a rejeição em massa da mudança política pelos mais de 40 milhões de eleitores que eram esperados nas seções eleitorais.

Segundo os quatro maiores institutos de sondagens, o “Não” vencerá com larga maioria. Conforme o instituto YouGov, a campanha pela manutenção do atual sistema deve alcançar 60% dos votos no plebiscito nacional. Angus Reid, outro instituto, indica 61% de rejeição. Já ComRes e ICM apontam um resultado ainda mais constrangedor para os Lib-Dems: 66% e 68%, respectivamente, de rejeição.

A ideia do sistema de voto alternativo tinha como objetivo introduzir uma dose de proporcionalidade na eleição britânica e, em tese, abrir espaço a partidos de menor expressão, como os Lib-Dems e os ecologistas. Segundo analistas, entretanto, o lobby pela bipolaridade no cenário político britânico, feito por Conservadores e, em menor escala, por Trabalhistas, deve sair fortalecido das urnas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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