Protestos no Egito viram tema de discussão em Davos

Os protestos no Egito tornaram-se um dos assuntos mais comentados no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. “Obviamente o que está acontecendo no Egito permeou tudo”, disse o diretor-gerente do Fórum, Adrian Monck. Ele estima que o levante popular contra o presidente Hosni Mubarak tenha sido o tema de dois terços dos debates, que normalmente concentram-se em questões como a economia global, os crimes no cyber espaço e a segurança alimentar.

Enquanto isso, cerca de 120 manifestantes foram à rua que passa atrás do prédio onde ocorre o Fórum e alguns carregavam uma faixa onde se lia: “Tunísia=Cairo=Davos”. Do lado de dentro, as preocupações com os protestos no Egito eram visíveis, com muitos pedindo ao presidente egípcio, Hosni Mubarak, que assegure a liberdade de expressão.

“Eu acho que temos de ver como as coisas vão se desdobrar hoje e, obviamente, a chave para isso é que o presidente Mubarak responda às necessidades de seu povo de uma maneira mais diretamente conectada às suas frustrações, muitos mais do que o que parecia no discurso de ontem”, disse o senador norte-americano John Kerry, presidente do Comitê de Relações Internacionais do Senado dos EUA, à Associated Press.

Os comentários de Kerry foram feitos minutos depois que a televisão estatal egípcia anunciou que o gabinete do primeiro-ministro Ahmed Nazif havia sido dissolvido por determinação de Mubarak. Hoje Mubarak nomeou, para o lugar de Nazif, o ministro da Aviação Civil, Ahmed Shafik. As informações são da Associated Press.

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