Prêmio Culturas Indígenas 2007 é lançado em Curitiba

O Ministério da Cultura, através da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID), Associação Guarani Tenonde Porã e Articulação dos Povos Indígenas do Sul lançam no dia 22 de outubro o Prêmio Culturas Indígenas 2007 em Curitiba. O evento é uma realização da Secretaria Estadual de Cultura do Paraná e tem o apoio da Assessoria Para Assuntos Indígenas da SEAE (Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos do Paraná). As inscrições para o Prêmio 2007 começaram dia 10 de outubro, data da publicação do edital, e prosseguem até 7 de janeiro de 2008. O patrocínio é da PETROBRAS. A exemplo da edição 2006, podem se inscrever no prêmio comunidades e organizações indígenas de todo o Brasil. Ano passado, o sul teve 10 iniciativas premiadas sendo três iniciativas do estado do Paraná. No total o prêmio 2006 recebeu 467 projetos desenvolvidos pelas próprias comunidades, atingindo 85 povos indígenas dos cerca de 225 existentes no Brasil.

Para ampliar a abrangência do Prêmio, a Associação Guarani Tenonde Porã, executora do Prêmio, em conjunto com a SID/Minc, reedita as parcerias firmadas em 2006 com FUNAI, FUNASA, Ministério do Meio Ambiente, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério da Educação, SESC São Paulo, Conselho Indigenista Missionário e as principais organizações indígenas do Brasil como COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), APOINME (Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas e Espírito Santo) e ARPINSUL (Articulação dos Povos Indígenas do Sul). Segundo dados do prêmio, as parcerias e apoios obtidos regionalmente envolvem centenas de entidades e instituições mobilizadas na divulgação do concurso.

Oficinas regionais

Nesse contexto, a realização de oficinas regionais de facilitação é essencial para esclarecer e orientar as comunidades e organizações sobre o preenchimento da ficha de inscrição, prazos e documentação assim como incentivar localmente a discussão em torno de iniciativas que possam concorrer ao Prêmio. Estão programadas 50 oficinas até dezembro em todas as regiões do Brasil. Esse número é mais que o triplo das oficinas realizadas em 2006. O manual de orientação, com ficha de inscrição, texto explicativo e edital, será distribuído às comunidades pelo Prêmio com o apoio da rede de parceiros. Assim como na primeira edição, o Prêmio 2007 buscou simplificar os procedimentos de inscrição como, por exemplo, incentivar a oralidade, o que possibilita que os proponentes gravem as respostas da ficha de inscrição em CD, DVD ou VHS.

Mapa das culturas indígenas

O Prêmio Culturas Indígenas é projeto resultante da parceria do Minc e a Associação Guarani Tenonde Porã para incentivar a produção cultural indígena. A idéia não é realizar somente um concurso. É trazer para o primeiro plano as iniciativas culturais desenvolvidos coletivamente nessas comunidades e compartilhá-los com a sociedade civil através de produtos lançados pelo Prêmio. A edição 2006 gerou um banco de dados atualizado que será disponibilizado ao público. Também foi lançado, no segundo semestre, o livro Prêmio Culturas Indígenas 2006, editado pelo SESC São Paulo, Minc e Associação Guarani Tenonde Porã. A publicação descreve em mais de 300 páginas ilustradas as 467 iniciativas inscritas na primeira edição do Prêmio fornecendo dados como povos, população, área territorial e endereços para contato. Cada comunidade e organização inscrita no Prêmio recebeu exemplares da publicação que está sendo distribuída também várias entidades e instituições governamentais e não governamentais. Todas as iniciativas inscritas na edição atual também serão publicadas em um novo livro-catálogo.

Xicão Xukuru

A valorização da identidade dos índios Xukuru foi um dos motivos que levou o cacique Xicão Xukuru a integrar as delegações indígenas presentes em Brasília nos trabalhos da constituinte no período de 1987 a 1988. A militância de Xicão o levou a reorganizar o povo Xukuru em ações de retomada do território tradicional e a busca pela demarcação das terras. Em 20 de maio de 1998, Xicão foi assassinado a tiros na cidade de Pesqueira, em Pernambuco, causando comoção entre as comunidades indígenas, setores indigenistas e entidades de Direitos Humanos do Brasil e exterior. Atualmente os Xukuru estão distribuídos em 24 aldeias e constituem-se em cerca de nove mil índios.

Mais informações no site www.premioculturasindigenas.org

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