Prefeito de Bogotá pede que EUA estejam em negociações com Farc

 Os Estados Unidos deveriam participar das próximas negociações de paz do governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), afirmou hoje o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro.

Petro disse que a participação americana nas negociações, que se iniciam no dia 8 de outubro em Oslo, “é primordial por conta da sua presença há anos no conflito” armado interno.

“É preciso, inclusive, que (EUA) estejam em Havana”, acrescentou Petro, que expôs sua proposta durante uma reunião de governadores e prefeitos pela paz na sede governamental de Bogotá.

Seis governadores e 40 prefeitos participaram desta reunião, convocada por Petro antes que Santos e as Farc revelassem separadamente que tinham chegado a um consenso para a abertura de uma mesa de negociações.

Diálogo

O prefeito colombiano reconheceu a importância da participação da comunidade internacional, mas disse que a presença dos EUA seria “fundamental”.

O governo colombiano e as Farc começarão os diáogos de paz em 8 de outubro, em Oslo, na Noruega. Os guerrilheiros pediram que seja implantado um cessar-fogo antes do início dos diálogos, mas Bogotá disse que continuará a fazer operações militares.

O presidente Juan Manuel Santos revelou que serão avaliados cinco pontos para dialogar a paz com as Farc. O primeiro deles é o desenvolvimento rural, com a distribuição igualitária de terras no país para reforma agrária.

Em seguida, serão discutidas as garantias para o exercício político dos antigos guerrilheiros, podendo entrar no sistema eleitoral da mesma forma que os outros cidadãos.

O fim do conflito armado será o terceiro tópico discutido. Nessa situação, ambas partes deverão cessar fogo, com a negação do uso de armas pelos guerrilheiros e a volta dos ex-combatentes à vida civil.

Após o fim dos enfrentamentos, será a vez de solucionar o papel das Farc no narcotráfico. O acordo culminará nas discussões sobre os direitos das vítimas dos ataques da guerrilha e do governo.

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