O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, reviu sua posição e disse nesta segunda-feira que não se opõe mais à realização de um referendo sobre a concessão de mais poderes a regiões deflagradas do país. Separatistas apoiados por Moscou, no entanto, classificaram o gesto de Poroshenko como insignificante.
Conflitos entre tropas do governo e separatistas, que começaram há mais de um ano, já deixaram mais de 6 mil mortos. Quando tiveram início, manifestantes do leste ucraniano exigiam uma votação sobre a ampliação da autonomia de regiões. Na época, porém, Kiev descartava a ideia.
Hoje, porém, Poroshenko afirmou em encontro transmitido pela TV que, se uma comissão parlamentar que discute emendas à Constituição do país decidir que um referendo é necessário, ele a apoiará.
Para os separatistas, contudo, Poroshenko continua oferecendo muito pouco. Eles lembraram, por exemplo, que não foram convidados para integrar a comissão constitucional.
Além disso, Poroshenko reiterou sua oposição a uma proposta de tornar o russo a segunda língua oficial da Ucrânia. “O ucraniano sempre foi e será nossa única língua oficial”, disse o presidente. Fonte: Associated Press.