Polônia escolhe hoje presidente em 2º turno das eleições

O irmão gêmeo do falecido presidente da Polônia busca sucedê-lo no cargo, em uma apertada eleição de segundo turno, hoje, que determinará quão longe irá o ex-país comunista para adotar reformas de livre mercado. Os dois candidatos presidenciais, Jaroslaw Kaczynski e Bronislaw Komorowski, são ex-ativistas anticomunismo com uma conservadora formação Católica Romana.

Contudo, eles diferem fortemente em muitas questões, principalmente com relação ao papel do Estado na economia. Komorowski deve facilitar o caminho para o governo continuar privatizando companhias estatais e reduzir os benefícios previdenciários, enquanto Kaczynski, irmão gêmeo do falecido presidente, provavelmente bloqueará tais iniciativas.

A eleição estava originalmente programada para o outono, mas teve que ser adiantada para substituir Lech Kaczynski, que morreu em 10 de abril em um acidente de avião no oeste da Rússia. A queda também matou a esposa dele, Maria, e mais 94 pessoas, incluindo muitos militares de alta patente e autoridades do governo.

Na primeira rodada de votações, ocorrida em 20 de junho, nenhum dos candidatos obteve maioria absoluta, o que resultou em um segundo turno entre Jaroslaw Kaczynski e Komorowski, atual presidente interino da Polônia.

Mais de 30 milhões de cidadãos poloneses estão aptos a votar. As primeiras pesquisas devem ser divulgadas imediatamente após o fechamento das urnas, às 18 horas no horário local (15 horas no de Brasília), mas o resultado oficial só deve sair amanhã. Cinco horas após o início das votações, a comissão eleitoral disse que cerca de 27% dos eleitores registrados já haviam depositado suas cédulas, mais que o esperado.

Favoritismo

Em boa parte da campanha, o liberal Komorowski foi tido como favorito, principalmente por ser visto como um líder confiável e conciliador, além do fato de que seu partido dirigiu a Polônia durante a desaceleração econômica global sem deixá-la entrar em recessão. No entanto, uma pesquisa publicada na sexta-feira indicou um aumento na intenção de votos para Kaczynski, cuja tradicional base eleitoral conservadora tem sido reforçada por simpatizantes de seu falecido irmão.