Polícia britânica diz ter detido suspeitos de terrorismo

A polícia britânica anunciou hoje a detenção de duas pessoas, em ação ligada a investigação sobre viagens à Síria para apoiar atividades terroristas. As duas foram detidas no aeroporto de Heathrow, em Londres.

A Scotland Yard disse que policiais antiterroristas prenderam um homem e uma mulher, ambos de 26 anos, depois que eles chegaram a Londres vindos do Egito, na última terça-feira, às 20h30 do horário local (16h30 de Brasília). Não foi informado se os suspeitos estavam indo ou voltando da Síria.

Buscas estão sendo feitas nas casas dos detidos, na região leste de Londres. Eles são suspeitos de preparação, instigação ou realização de atos de terrorismo.

Não há informações sobre os nomes dos suspeitos, suas nacionalidades ou qualquer coisa que possa identificá-los. O ministro das Relações Exteriores, William Hague, se negou a dar novos dados em uma entrevista para o canal de televisão BBC, limitando-se a dizer que o governo foi notificado sobre a dupla e agiu logo em seguida.

Eles estão detidos numa delegacia de polícia de Londres e permanecem sob custódia.

Estrangeiros na Síria

O medo com relação a atividades terroristas na Síria cresceu durante a guerra civil que se desenrola no país já há 18 meses.

A ONU anunciou, no último mês, que o número de estrangeiros envolvidos no conflito sírio estava crescendo, algo que poderia radicalizar a revolta dos rebeldes contra o ditador Bashar Assad. “Não recomendamos e não queremos que britânicos participem de situações violentas em nenhum lugar do mundo”, disse Hague.

Há um grande número de muçulmanos no Reino Unido, o que aumenta as preocupações de que alguns deles possam estar se envolvendo no confronto. Em 2005, um grande atentado terrorista realizado por muçulmanos britânicos em um ônibus e no metrô de Londres causou problemas para a comunidade local.

Autoridades britânicas temem que os muçulmanos de seu país podem estar viajando à Síria para se juntar ao grupo terrorista Al Qaeda. Em agosto, o fotógrafo John Cantlie foi feito refém por um grupo de extremistas na Síria e garantiu que um deles tinha um sotaque de Londres.