Para Estados Unidos, violência na Síria saiu do controle

A situação da Síria está “fora de controle” após o atentado em que morreram três autoridades de primeiro escalão no atentado em Damasco, disse hoje o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta.

A comunidade internacional “deve pressionar ao máximo [o ditador sírio Bashar] Assad para fazer o correto, abandonar [o poder] e permitir uma transição pacífica”, disse Panetta, em uma reunião com a imprensa no Pentágono, em Washington.

Aliada de longa data do regime sírio, a Rússia acusou hoje a comunidade ocidental de incitar os grupos de oposição sírios, que há 17 meses se insurgiram contra Assad.

“Em vez de acalmar a oposição, alguns dos nossos parceiros estão incitando a ir longe”, disse o chanceler russo Sergey Lavrov, em declarações reproduzidas pela agência RIA Novosti.

Apoiar a oposição síria “é um beco sem saída, porque Assad não vai deixar [o poder] voluntariamente”, acrescentou.

Integrante do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia se opõe a uma resolução que abriria caminho a uma intervenção mais agressiva para encerrar o conflito.

A chancelaria britânica, no entanto, tem insistido que o cenário já deteriorou tanto na Síria que é necessário uma ação urgente.

“A situação na Síria está claramente deteriorando. Todos os membros do Conselho de Segurança na ONU têm a responsabilidade de endossar (…) o plano de Annan para encerrar o conflito”, disse o chanceler William Hague, em um comunicado oficial.