Paquistão prende 124 militantes por ataques em Mumbai

O ministro do Interior paquistanês, Rehman Malik, anunciou nesta quinta-feira (15) a prisão de 124 militantes em operações contra grupos supostamente envolvidos nos ataques que mataram 164 pessoas em Mumbai, capital financeira da Índia, em novembro do ano passado. Malik disse que as evidências fornecidas pela Índia ainda precisavam ser melhor apuradas para serem usadas como provas em um julgamento. Ele evitou responder se o Paquistão estava reconhecendo que os ataques haviam sido tramados no país.

A Índia afirma que o grupo militante sediado no Paquistão Lashkar-e-Taiba está por trás dos atentados. Dias depois dos ataques, o Conselho de Segurança das Nações Unidas declarou o Jamaat-ud-Dawa, um grupo de caridade no Paquistão, como uma fachada para o proscrito Lashkar.

Entre os detidos está Hafiz Mohammed Saeed, chefe do organismo de caridade que ajudou a estabelecer o grupo militante, banido em 2002. Também estão presos Zaki-ur-Rehman Lakhvi e Zarrar Shah, dois homens que a Índia acusa de planejar os ataques em Mumbai.

Malik disse que o Paquistão estava tentando agir de modo responsável e voltou a pedir uma investigação conjunta dos ataques, alegando que isso “traria resultados rápido”. Ele pediu que a Índia entregue mais informações sobre o caso.

O ministro descartou entregar os suspeitos à Índia, dizendo que as leis paquistanesas previam que cidadãos que cometessem crimes em outros países fossem processados no próprio Paquistão. “Nós temos que provar ao mundo que a Índia e o Paquistão estão juntos contra os terroristas, porque eles têm inimigos comuns”, disse Malik.

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