Paquistão enfrenta dificuldades após crise política

O partido que governa o Paquistão lutava para se manter no poder hoje, depois de um integrante da coalizão de governo ter informado que vai se unir à oposição e ameaçou derrubar o governo. A crise polícia significa que os legisladores não conseguirão, em breve, resolver os problemas econômicos que forçaram o país a contar com empréstimos de US$ 11 bilhões concedidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

A questão política pode também desviar a atenção do governo de sua luta contra a insurgência islamita, na qual conta com o apoio dos Estados Unidos, Para os paquistaneses comuns, porém, é a crescente inflação, os cortes de energia e outras dificuldades diárias que mais importam.

Na passagem do Ano Novo, o governo anunciou aumentos nos preços da gasolina, do diesel e do querosene, dando mais um motivo para que o Movimento Muttahida Qaumi deixasse o governo liderado pelo Partido do Povo Paquistanês. “A bomba de gasolina que o governo jogou no povo do Paquistão forçou nosso partido a discordar com tais decisões insanas”, disse Faisal Subzwari, líder do Movimento Muttahida Qaumi.

O partido já havia informado que deixaria o gabinete na semana passada. Outro partido menor, o Jamiat Ulema Islã, anunciou em dezembro que mudaria de posição. Sem os dois, a coalizão de governo ficará muito perto do mínimo de 172 assentos necessários para manter a maioria. Os líderes do partido governista disseram que estavam tentando negociar suas diferenças com o Movimento Muttahida Qaumi e o primeiro-ministro Yousuf Raza Gilani afirmou estar confiante de que o governo vai manter sua maioria.

Se o governo não conseguir manter a maior parte da coalizão ou formar uma nova, pode enfrentar uma moção de desconfiança e eleições de meio de mandato. Analistas dizem que o partido governista tem algumas semanas, senão dias, para tentar evitar o colapso do governo. Muitos paquistaneses estão irritados com a situação. “Não há eletricidade, gás nem empregos e eles ficam brigando uns com os outros”, disse Arif Fasiullah, 35 anos, morador da cidade de Multan, região central do país, em entrevista recente. “Eles não aprovam nenhuma lei. Ele só fazem política suja”, acrescentou.

Tahir Khan, de 25 anos, trabalhador de Peshawar, no noroeste, disse que está mais difícil alimentar sua família, de seis pessoas. Para ele, o governo deveria se concentrar em questões como saúde, educação e em outros tipos de auxílio em vez de desavenças políticas. “Eu não me importo sobre o que um líder diz sobre o outro. Estou mais preocupado sobre que líder dá o que a nós”, disse ele. As informações são da Associated Press.

Voltar ao topo