O papa Bento XVI declarou nesta quinta-feira (8) que "não diz respeito ao clero envolver-se na vida política", inclusive no "contexto agitado do Oriente Médio" onde "a Igreja se encontra confrontada com situações nas quais a política tem um papel que não é indiferente à sua vida".
O Papa falou do tema durante a audiência aos peregrinos da Igreja Greco-Católica Melquita, na qual os congratulou pelo empenho e pelos resultados da igreja em sua relação com os muçulmanos.
A igreja patriarcal melquita está presente em quase todos os países árabes do Oriente Médio, assim como na Europa, Canadá, Estados Unidos e vários países da América Latina. Como cristãos orientais árabes, seus membros vivem em um mundo de maioria muçulmana.
"É importante que a Igreja mantenha contatos com as autoridades políticas, as instituições e os diversos partidos", disse Bento XVI.
"Apesar disso, não cabe a ela comprometer-se com a vida política, essa continua sendo prerrogativa dos laicos, mas a Igreja tem o dever de propor a todos a luz do Evangelho, para que todos se comprometam em servir ao bem comum e para que a justiça prevaleça sempre, para que o caminho da paz possa enfim abrir-se à frente dos povos dessa região", concluiu o Papa.