Ofensiva americana deixa 32 mortos em Bagdá

Trinta e duas pessoas morreram em uma ofensiva militar dos Estados Unidos por terra e ar contra Cidade Sadr, um bastião radical xiita na zona leste de Bagdá. Segundo o comando militar americano, todos os mortos eram milicianos. Por sua vez, policiais iraquianos e testemunhas disseram que um bombardeio aéreo americano contra o local provocou a morte de pelo menos nove civis.

A ofensiva americana ocorre no mesmo dia em que o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, chegou ao Irã para pedir ajuda no combate à violência em seu país. Cidade Sadr é um bairro pobre de Bagdá habitado majoritariamente por xiitas.

Em comunicado, o comando militar dos EUA alegou ter desencadeado uma operação terrestre e aérea contra milicianos que estariam traficando armas iranianas e facilitando a viagem de militantes iraquianos para treinamento no Irã. De acordo com o comunicado, dois supostos rebeldes morreram e 12 suspeitos foram detidos no ataque terrestre a células autônomas do Exército Mahdi, milícia xiita ligada ao clérigo antiamericano Muqtada al-Sadr. Soldados americanos e iraquianos participaram da ação por terra.

Segundo a versão americana, pouco depois do ataque terrestre contra Cidade Sadr, helicópteros e aviões bombardearam um grupo de "dezenas de homens armados que pretendiam atacar" os soldados dos EUA e do Iraque envolvidos na ofensiva. Calcula-se que 30 pessoas tenham morrido no bombardeio, diz o comunicado militar.

O documento diz ainda que o alvo principal da operação era um homem suspeito de fazer a ligação entre os milicianos iraquianos e um esquadrão de elite das forças iranianas. Teerã nega as acusações americanas de que estaria insuflando a violência no Iraque.

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