Obama fala a iranianos em vídeo divulgado pela internet

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse aos iranianos, por meio de um vídeo na internet, que o país quer mais intercâmbio educacional e cultural com o Irã, e lamentou que os líderes “tenham virado as costas” em aberturas de boa fé no passado para expandir oportunidades para seu povo. A rádio estatal iraniana rapidamente acusou os americanos de “possuírem a mesma política de fobia ao Irã de sempre”. No segundo vídeo de sua presidência dirigido ao Irã, Obama disse que a oferta dos EUA para um diálogo diplomático continua de pé, mas que o governo iraniano escolheu o isolamento.

A Casa Branca divulgou o vídeo na noite de ontem, como fez no ano passado, para coincidir com Nowruz, um feriado de 12 dias que celebra a chegada da primavera e o início do novo ano no calendário persa. O vídeo foi apresentado em um momento no qual os EUA vivem um momento difícil em suas relações na região, particularmente com Israel.

“Os Estados Unidos acreditam na dignidade de cada ser humano e em uma ordem internacional na qual se inclina o arco da história no sentido da Justiça – um futuro em que os iranianos podem exercer os seus direitos, participar plenamente da economia mundial e enriquecer o mundo através de intercâmbios educativos e culturais para além das fronteiras do Irã”, declarou Obama no vídeo, que tinha legendas na língua persa.

O presidente norte-americano sinalizou a vontade de falar diretamente com o Irã sobre seu programa nuclear e da hostilidade iraniana em relação a Israel, um aliado importante dos EUA.

Ao tomar posse no ano passado, Obama disse que a sua administração iria chegar aos Estados rivais, declarando: “nós estenderemos a mão se você estiver disposto a abrir seus punhos.”

Em uma das primeiras reações à mensagem de vídeo de Obama, o canal estatal Press TV observou que Obama não especificou quais as concessões “que Washington está realmente disposto a fazer” para abrir as negociações. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que as conversações com os EUA serão muito bem-vindas se houver um respeito mútuo. As informações são da Associated Presse.