Obama e Romney se preparam para primeiro debate na TV

O candidato republicano, Mitt Romney, está sob forte pressão para apresentar um bom desempenho em seu primeiro debate na TV com o presidente Barack Obama, na noite de hoje. Ele conta com o evento para tentar virar suas chances de vencer a disputa pela Presidência dos Estados Unidos.

O encontro de 90 minutos oferece a oportunidade de alcançar mais de 60 milhões de pessoas pela televisão, uma audiência muito maior do que qualquer um dos candidatos atingiu ao discursar nas convenções dos seus respectivos partidos.
Mas, se por um lado podem conquistar eleitores indecisos, por outro os candidatos correm também o risco de cometer um grande erro que ofusque a campanha a apenas cinco semanas da votação do dia 6 de novembro.

Obama passou os últimos dias ensaiando a portas fechadas, em Nevada, e chegou ao local do debate a bordo de uma limusine decorada com bandeiras americanas. Do lado de fora, dezenas de estudantes realizavam um protesto com cartazes com mensagens em referência ao movimento Ocupa Wall Street.
Segundo o prefeito de Denver, Michael Hancock, a universidade investiu US$ 1,7 milhão para sediar o evento, mas receberá ao menos US$ 30 milhões em publicidade.

Mais de 3.000 profissionais de mídia irão cobrir o encontro. Conforme acordo prévio, Obama fará a primeira pergunta e Romney terá as palavras finais.
Romney precisa mais do que Obama de uma vitória clara no debate na Universidade de Denver, o primeiro de três confrontos cara-a-cara previstos para as próximas quatro semanas. “Ele tem de ter uma vitória bastante convincente”, disse David Yepsen, diretor do Instituto de Políticas Públicas Paul Simon, da Universidade de Illinois do Sul. “Ele teve algumas semanas ruins e precisa mudar a narrativa da campanha.”

O republicano parece ter sido bastante prejudicado pelo vazamento de um vídeo gravado secretamente em um evento privado de arrecadação de recursos para campanha, antes mesmo que ele se tornasse, de fato, o candidato do Partido Republicano. Na gravação, ele afirma que 47% dos seus eleitores são dependentes do governo e, por isso, votam em Obama.

Neste debate, que tem “assuntos internos” como tema, Romney precisa não só reparar danos causados pelo vídeo como também levantar questões sobre o gerenciamento de Obama da economia e explicar o seu plano econômico. Romney não deve perder a calma nem soar desrespeitoso para com Obama, de quem muitos americanos gostam pessoalmente.

Já o presidente democrata candidato à reeleição tem o desafio de responder por que os americanos devem considerar-se melhor agora do que quatro anos atrás quando ele tomou posse, uma medida referencial em todas as eleições presidenciais.

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