Novos documentos sobre Guantánamo são divulgados

Documentos secretos sobre os detentos da prisão da baía de Guantánamo revelam novas informações acerca de alguns dos homens que os Estados Unidos apontam como terroristas, segundo reportagens de vários jornais norte-americanos e europeus. O governo dos EUA criticou a publicação do material.

A avaliação sobre os presos militares foi revelada na noite de ontem por vários jornais, após o site WikiLeaks obter os arquivos. Os registros contêm detalhes dos mais de 700 interrogatórios de presos e evidências que os EUA haviam coletado sobre os supostos terroristas, segundo as publicações. Não se sabe se os meios publicaram os documentos com o consentimento do WikiLeaks.

Os arquivos, conhecidos como Informes de Avaliação de Detentos, descrevem o valor potencial dos presos para proporcionar informações de inteligência e avaliam se eles seriam uma ameaça aos EUA, caso sejam libertados.

Até o momento, 604 presos foram transferidos de Guantánamo, enquanto outros 172 seguem na prisão. Os novos documentos vazados devem dar mais argumentos para os ativistas pelos direitos humanos, segundo os quais há pessoas detidas por informações equivocadas.

Já em outros casos há presos que, segundo os informes, são mais perigosos para os norte-americanos do que se sabia anteriormente. Isso poderia prejudicar os esforços para os EUA transferirem os detentos para fora da controvertida prisão. O presidente Barack Obama havia prometido em sua campanha política fechar Guantánamo, mas até agora não conseguiu cumprir a promessa.

As autoridades norte-americanas disseram que os documentos “poderiam ou não representar o ponto de vista atual de um detento específico” e criticaram a decisão dos jornais de publicar uma “informação delicada”. “É desafortunado que várias organizações noticiosas tenham tomado a decisão de publicar numerosos documentos obtidos ilegalmente pelo WikiLeaks” sobre a prisão de Guantánamo, afirmaram em nota o embaixador Daniel Fried, enviado especial do governo para assuntos de detentos, e um assessor de imprensa do Pentágono, Geoff Morrell. As informações são da Associated Press.

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