Um foguete atingiu nesta sexta-feira (09) o muro da casa de Saad Hariri, líder da maioria parlamentar libanesa, na parte oeste de Beirute. O episódio, que não causou vítimas, é um exemplo dos conflitos entre e a maioria e a oposição xiita, que tiveram início esta semana.
Devido aos enfrentamentos, a atividade no porto de Beirute foi "suspensa até segunda ordem", informou a Direção de Portos. Também o aeroporto internacional de Beirute, que tem seu acesso bloqueado desde quarta-feira por membros do movimento radical xiita Hezbollah, permanece fechado.
Grupos armados, supostamente pertencentes ao Hezbollah e ao grupo xiita Amal, obrigaram o fechamento de meios de comunicação da família Hariri, que consistem em uma emissora de televisão, um jornal e uma rádio. Um jornalista ficou ferido em um incêndio no prédio da redação do jornal.
De acordo com dados não-oficiais ainda não confirmados, sete pessoas já morreram desde o início do conflito entre os partidários do governo, apoiados pelo Ocidente, e a oposição comandada pelo Hezbollah, com o apoio da Síria e do Irã.
A Arábia Saudita, que é próxima do governo libanês, pediu nesta sexta a convocação de uma reunião extraordinária entre chanceleres árabes.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, também pediu a retomada do diálogo no Líbano para frear os confrontos entre o movimento xiita Hezbollah e as forças que respondem pelo governo. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) emitiu um comunicado no qual Abbas se diz "profundamente alarmado" com a situação no Líbano. Por isso, pede que as partes "resolvam as diferenças na mesa de negociações".