Morte de Reyes travou libertação de Betancourt, diz senadora

Madrid – A libertação de Ingrid Betancourt travou quando o exército colombiano matou, em 1º de março, Raúl Reyes, dirigente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), disse a senadora oposicionista Piedad Córdoba.

"As coisas iam muito bem para a libertação de um dos gringos seqüestrados. E nesse pacote também ia Ingrid. Mas tudo foi abortado com o que aconteceu em 1º de março", disse a senadora colombiana, em visita à Espanha, em uma entrevista publicada hoje no jornal El País.

A morte de Reyes "implicou em um golpe mortal à confiança das Farc no governo. A França foi a grande prejudicada, porque chegou a enviar um avião, com os custos políticos que isso tem".

Córdoba denunciou a manipulação política à qual o caso de Betancourt tem sido submetido: "O governo de Uribe disse que ela ia morrer e permitiu que a França enviasse um avião só para tapar um escândalo político, porque no mesmo dia em que disseram que Ingrid morreria, haviam prendido três parlamentares acusados de relação com os paramilitares. Foi algo escandaloso".

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