Militantes islâmicos negam ligação com morte de Bhutto

Militantes islâmicos disseram neste sábado (29) que não têm nenhuma ligação com o assassinato da ex-primeira-ministra do Paquistão, Benazir Bhutto, desmentindo as afirmações do governo paquistanês de que um chefe local das forças do movimento fundamentalista Taleban teria orquestrado a morte da líder da oposição. Partidários de Benazir também disseram que eles duvidam que o comandante militante do Taleban Baitullah Mehsud tenha sido o cérebro do atentado e acusaram o governo de encobrir os verdadeiros assassinos.

A autoria do assassinato, somada a relatos conflitantes sobre a exata causa da morte de Benazir, deverá inflamar ainda mais a violência no país, que possui armas nucleares, dois dias após a morte da ex-premiê em um ataque feito por um suicida. As estradas através da província sulista de Sindh, onde Benazir nasceu e era muito popular, estão cheias de veículos queimados, enquanto os partidários da ex-premiê continuam sua explosão de raiva e violência. Fábricas, escritórios e restaurantes foram queimados na maior cidade do Paquistão, Karachi, onde 17 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas, segundo informações do governo.

O Exército, a polícia e tropas paramilitares patrulham as ruas vazias de Larkana, cidade natal de Benazir Bhutto, onde manifestantes queimaram várias lojas em um mercado de jóias. O ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif liderou uma delegação de 47 oposicionistas, de vários partidos, que foram prestar condolências à família de Benazir, informou Sadiq ul-Farooq, porta-voz do partido de Sharif. O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, telefonou ao marido de Benazir, Asif Ali Zardari, e prometeu realizar todos os esforços para levar os assassinos à Justiça, informou a televisão estatal do Paquistão.

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