Mídia chinesa divulga detalhes de atentado a policiais

Um caminhão de lixo usado no atentado de anteontem contra um grupo de policiais chineses pernoitou perto de uma delegacia enquanto os agressores esperavam amanhecer para atacar os agentes de segurança durante um treinamento físico de rotina, informou a mídia estatal local.

Os novos detalhes sobre o ataque – um dos mais audaciosos já perpetrados contra forças chinesas em Xinjiang, uma província de maioria muçulmana no oeste da China – foram divulgados hoje, às vésperas da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, marcada para sexta-feira (8).

Os agressores, que mataram 16 policiais e feriram outros 16 na cidade de Kashgar, confessaram ter passado a noite monitorando os movimentos dos agentes de segurança, informou a agência de notícias Nova China.

No dia do ataque, um dos agressores foi à delegacia e usou um telefone celular para informar seu comparsa, que dirigia o caminhão, quando um grupo de aproximadamente 70 policiais iniciou o treinamento físico matinal de rotina, prosseguiu a Nova China.

O motorista então lançou o caminhão em alta velocidade por trás do pelotão. O outro participante do ataque lançou uma bomba de fabricação caseira contra a entrada da delegacia antes de usar um grafo para perfurar policiais atingidos pelo caminhão, segundo a agência de notícia.

Os agressores foram identificados como Abdurahman Azat, de 33 anos, e Kurbanjan Hemit, de 28, ambos de Kashgar, revelou o secretário do Partido Comunista na cidade, Shi Dagang, citado pela Nova China.

Antes do ataque, a dupla escreveu uma carta dizendo estar engajada em uma “guerra santa” e afirmando que a missão era mais importante do que a vida e do que as mães deles, prosseguiu Shi. Ainda não está claro, no entanto, se os agressores têm vínculos com grupos radicais islâmicos da região, que faz fronteira com o Afeganistão e com o Paquistão.

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