Maliki: forças do Iraque podem manter segurança do país

O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, afirmou hoje aos iraquianos que seus soldados e policiais estão aptos para a função de manter a segurança do país, no momento em que os militares dos Estados Unidos encerram suas missões de combate, após sete anos da invasão que custou dezenas de milhares de vidas. “Eu reasseguro a vocês que as forças de segurança iraquianas são capazes de assumir total responsabilidade”, disse. “Infelizmente, nós estamos enfrentando uma campanha de dúvida.”

Uma grande retirada nos últimos meses deixou menos de 50 mil soldados norte-americanos no Iraque. Um aumento no número de ataques com carros-bomba e tiroteios, muitos deles contra as forças de segurança locais, porém, causou temores sobre a segurança.

Antes de um discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, em Washington, para marcar o fim simbólico das operações de combate, Maliki disse na televisão estatal que o Iraque era um Estado “soberano e independente”. Ele afirmou estar confiante de que as últimas forças dos EUA deixarão o país no fim de 2011, como planejado.

Foco

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, aterrissou em Bagdá ontem para marcar a mudança de foco na campanha norte-americana no país: das missões de combate para as de treinamento e aconselhamento, apoiando as forças locais. Essa nova diretriz passa a valer a partir de amanhã.

Biden se encontraria hoje com o presidente Jalal Talabani, com Maliki e com o ex-premiê e vencedor das eleições de 7 de março, Iyad Allawi, bem como com vários outros importantes políticos. As eleições iraquianas terminaram com vitória apertada de Allawi, porém nenhuma força política conseguiu formar uma coalizão para governar.

Obama declarou, pouco após assumir, que a missão de combate no Iraque se encerraria em 31 de agosto de 2010. Depois disso, as tropas dos EUA assumiriam o papel de treinamento e aconselhamento, antes da retirada total em 2011. Mais de 4.400 soldados dos EUA morreram no Iraque desde a invasão. Além disso, estima-se que cem mil civis tenham morrido na guerra, segundo o site independente Iraq Body Count. As informações são da Dow Jones.