Lula encerra visita à Índia sem acordo em biocombustíveis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará Nova Délhi nesta tarde sem levar consigo um acordo de cooperação na área de biocombustíveis entre o Brasil e a Índia, hoje o principal parceiro estratégico na Ásia e maior concorrente na liderança da produção mundial de cana-de-açúcar. Ontem, o governo brasileiro conseguiu apenas iniciar a negociação de um possível acordo, que envolverá a transferência de tecnologia brasileira para o aumento da produtividade no cultivo canavieiro indiano em troca do aumento das exportações de etanol do Brasil para a Índia.

O acordo era dado como certo pelo Itamaraty na semana passada. Mas sua ausência não fez o presidente Lula desistir de ensaiar o enfoque social que sustentará seu apelo em favor da disseminação do uso de biocombustíveis durante a Cúpula do G-8 – grupo dos países mais industrializados do mundo e a Rússia.

Essa reunião será em Heiligendamm (Alemanha), na próxima sexta-feira. À imprensa brasileira, Lula afirmou que o Brasil não quer monopolizar a oferta mundial de biocombustíveis e prefere "incentivar" as nações mais pobres a plantar cana-de-açúcar e transformá-la em etanol ou biodiesel.

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