Juíza do Rio decreta novo pedido de prisão preventiva de Cacciola

Brasília – A juíza da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Simone Schreider, autorizou um novo pedido de prisão preventiva de Salvatore Cacciola, ex-dono do banco Marka, em uma ação proposta pelo Ministério Público Federal.

A prisão cautelar do ex-banqueiro já havia sido decretada pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que condenou Cacciola por crimes contra o sistema financeirio.

Mas, à época, Cacciola já estava foragido na Itália. Por ter cidadania italiana, o país não podia extraditá-lo. Com isso, o pedido de prisão preventiva da 6ª Vara não pôde ser cumprido.

No último sábado (15), essa situação mudou, pois o ex-banqueiro foi preso pela Interpol no Principado de Mônaco. Portanto, não está mais sujeito à proteção da cidadania italiana.

Em decisão expedida ontem (18), a juíza Schreider ressalta que, com a prisão em Mônaco, "ficou viável" o pedido de extradição de Cacciola.

Na sentença, ela afirma que o pedido de prisão preventiva é "imprescindível" para que seja enviado um ofício ao Ministério da Justiça, manifestando o interesse da 5ª Vara na extradição do ex-banqueiro para o Brasil.

"…pois o país ao qual será formulado o pedido de extradição [Mônaco] tem que estar oficialmente informado de todos os processos criminais que correm no Brasil contra este acusado, sob pena de o Judiciário brasileiro ficar impedido de julgá-lo [Cacciola] por fatos que não tenham sido referidos no processo de extradição", acrescenta a juíza.

Segundo o Ministério da Justiça, o pedido de extradição deve estar pronto até sexta-feira (21). No sábado o ministro Tarso Genro viaja a Mônaco para tratar pessoalmente do caso.

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