Juiz ordena interrogatório na Colômbia no caso ETA-Farc

A Justiça da Espanha ordenou hoje interrogatórios na Colômbia de nove ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), para que eles detalhem seus supostos vínculos com o grupo separatista Pátria Basca e Liberdade (ETA). O magistrado Eloy Velasco, que investiga a suposta aliança entre as duas organizações desde março, também pediu uma cópia do testemunho dos dois supostos membros do ETA que afirmaram ter recebido treinamento na Venezuela em 2008.

Velasco também pediu para incorporar no processo a documentação apreendida de um líder das Farc, “Mono Jojoy”, morto durante uma operação do Exército da Colômbia em 23 de setembro. Uma equipe de policiais espanhóis visitará a Colômbia nos próximos dias para falar com os guerrilheiros desmobilizados. Eles mostrarão fotos dos ativistas do ETA, para ver se os suspeitos são reconhecidos.

Segundo os autos de Velasco, membros do ETA e das Farc conspiraram para cometer atentados em Madri contra o ex-presidente colombiano, Álvaro Uribe, e seu antecessor no cargo Andrés Pastrana. Esses rebeldes teriam ainda realizado treinamentos conjuntos na selva venezuelana, com a suposta conivência do governo de Hugo Chávez.

Caracas sempre tem negado essa relação, que há alguns meses provocou um incidente diplomático entre Espanha e Venezuela. Chávez também rechaçou a declaração dos membros do ETA de que tiveram curso de manejo de armas em solo venezuelano. Considerado um grupo terrorista pelos EUA e pela União Europeia, o ETA declarou uma trégua unilateral em 5 de setembro.

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