Israel esboça suas condições para acordo na Faixa de Gaza

Israel está procurando um mecanismo internacional para evitar que o grupo extremista Hamas se rearme como parte de qualquer acordo para pôr fim à ofensiva na Faixa de Gaza. O Estado judeu também quer interromper os disparos de foguetes palestinos, disseram nesta segunda-feira (5) funcionários do governo. Desde domingo, Israel tem se engajado em intensivas discussões com seus aliados, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e alguns Estados árabes, para esboçar um possível acordo com a Faixa de Gaza.

Esforços diplomáticos para encerrar os 10 dias de ofensivas israelenses no território palestino estão em alta nesta segunda, com as visitas à região do presidente da França, Nicolas Sarkozy, seu ministro de Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e uma delegação de ministros europeus. “Nós entendemos que para manter a calma no sul, uma calma que precisa ser tanto sustentável como real, os agentes vão ter um papel importante a desempenhar”, disse o porta-voz do governo israelense, Mark Regev, à agência France Presse. “Há um amplo consenso internacional que apoia o objetivo de Israel libertar a população civil no sul dos temores diários de foguetes do Hamas vindos de Gaza. Sob o princípio fundamental de objetivo comum, Israel está energicamente comprometido com amigos e aliados externos.”

Israel esboçou três “princípios fundamentais” necessários para pôr fim às ofensivas terrestres e aéreas, segundo um graduado funcionário do governo. Elas incluem “destruição substancial” do poderio militar do Hamas e o impedimento do grupo de disparar foguetes contra o sul de Israel. O terceiro princípio é a criação de um mecanismo que irá impedir o Hamas de se rearmar por meio de túneis, que servem de via de contrabando, entre a Faixa de Gaza e o Egito, disse o funcionário governamental.

Israel mantém um forte bloqueio na Faixa de Gaza há mais de 18 meses, levando alguns dos 1,5 milhão de habitantes a cavar uma rede de túneis em direção ao Egito para conseguir comida e suplementos básicos. Grupos armados palestinos usam alguns desses túneis para contrabandear armas e munições.

Outro graduado funcionário do governo israelense disse que Israel rejeita incluir o Hamas em qualquer acordo futuro na Faixa de Gaza, já que o grupo radical rejeita o direito de existência do Estado judeu. “O acordo precisa ser imposto ao Hamas. O Hamas não é um parceiro na medida em que não aceita as três condições internacionais de reconhecer o direito de existência de Israel, a renúncia à violência e a adesão a acordos anteriores entre Israel e os palestinos”, disse ele. As informações são da Dow Jones.

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