Irmandade Muçulmana foi declarada terrorista por ataque

Apesar de reconhecer a inexistência de provas sobre o envolvimento da Irmandade Muçulmana no

bombardeio à sede da polícia em Mansoura nessa terça-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdellaty, afirmou que a decisão do governo de declarar a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista foi uma resposta ao ataque.

Em comunicado, o governo interino, apoiado pelos militares justificou que a decisão foi tomada devido a “grave escalada no uso da violência contra o Egito e os egípcios e após a declaração clara da Irmandade Muçulmana de que eles continuarão a utilizar a violência como única ferramenta para atingir seus objetivos”.

O Conselho de Ministros do Egito declarou a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista nesta quarta-feira, um dia depois do ataque suicida à sede da polícia em Mansoura deixar 16 mortos e mais de 100 feridos. A Irmandade negou o envolvimento no atentado. Mais tarde, o grupo Ansar Beit al-Maqdis (Campeões de Jerusalém), ligado à rede terrorista Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo bombardeio. O grupo não tem conexões com a Irmandade.

Ainda de acordo com o porta-voz do Ministério, a designação terrorista permite criminalizar qualquer atividade associada com o grupo. Além disso, segundo o porta-voz, a classificação autoriza a polícia e as forças armadas a proteger prédios públicos e universidades, levantando a possibilidade de que os protestos estudantis, como os que derrubaram o governo de Mohamed Morsi,

possam ser classificados como atividades terroristas.

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