Grupo de países reconhece oposição como representante do país

A reunião do grupo de países para discutir a Síria, chamado Amigos da Síria, em Marrakech, no Marrocos, fez um acordo hoje que reconhece a Coalizão da Oposição Síria como representante legítimo do povo sírio.

Este deve ser um dos principais resultados da reunião de mais de cem países no Marrocos, que também pediram que o presidente Bashar Assad se afaste do poder, em um documento que deve ser divulgado no final desta manhã.

Em rascunho do documento obtido pela agência de notícias Reuters, os participantes afirmam que o presidente perdeu a legitimidade e deve permitir um processo de transição política sustentável.

Sobre o uso de armas químicas, dizem que esta seria uma ação detestável e que acarretaria em sérias respostas da comunidade internacional. Também deve ser anunciado um fundo de apoio ao fogo sírio, ao qual pedem contribuição de Estados e organizações.

Reconhecimento

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama já havia declarado em entrevista ontem que o país passara a reconhecer a coalizão dos grupos de oposição sírios como os legítimos representantes do país.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, manifestou hoje surpresa com a decisão americana de reconhecer a oposição.

“Como a coalizão foi reconhecida como único representante (legítimo), temos que acreditar que os Estados Unidos decidiram apostar tudo em uma vitória armada desta coalizão”, disse Lavrov.

Para ele, a declaração contradiz os acordos referendados anteriormente, que incluem o começo de um diálogo sírio entre representantes do governo e da oposição.

A resolução americana, já esperada anteriormente, abre caminho para que os insurgentes ganhem legitimidade internacional. O reconhecimento, porém, não autoriza que os rebeldes ganhem ajuda bélica e logística no combate direto às tropas governistas, o que Obama já havia se recusado enfaticamente a fazer.

Conflito

Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas hoje em dois atentados com bomba em pleno centro de Damasco e em um subúrbio a sudeste da capital, indicou a agência oficial Sana.

Duas bombas explodiram simultaneamente em um estacionamento situado atrás do palácio da Justiça, no bairro de Qanawat, em Damasco, causando um ferido e danos materiais.

No bairro de Yarmana, de maioria cristã e drusa, no sudeste, uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas na explosão de duas bombas.

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