Governo reforça segurança após protesto violento

Um dia depois das violentas manifestações em Nova Déli contra o estupro de uma estudante de 23 anos, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, foi à TV prometer garantias de segurança às mulheres. “Vamos assegurar que se faça justiça”, afirmou.

A polícia reforçou a segurança na capital da Índia depois que os protestos contra o estupro resultaram em confrontos entre manifestantes e policiais no fim de semana, com mais de cem feridos.

Singh pediu calma à população e disse estar “triste com a violência”. Ontem, grupos ainda protestavam, mas não havia relatos de conflitos.

O caso que chocou a população aconteceu no último dia 16, quando a estudante e um amigo foram atacados e surrados com barras de ferro dentro de um ônibus. A estudante foi estuprada e chegou a ser jogada do veículo em movimento. Ela permanece em estado grave no hospital.

Hoje, um dia depois dos protestos – os maiores desde 2011, quando houve enormes manifestações contra a corrupção em Nova Déli -, estações de trem foram fechadas, e todas as ruas que levavam a edifícios do governo foram bloqueadas para evitar que os manifestantes chegassem ao palácio presidencial.

Visita de Putin

A segurança também foi reforçada na capital por causa da chegada do presidente russo, Vladimir Putin. O principal objetivo da visita foi firmar acordos na área militar. Foi acertada a venda de 71 helicópteros militares e componentes para a fabricação de 42 aviões de combate à Índia.

O atual programa de renovação de material militar transformou a Índia em um dos maiores importadores de armas do mundo. A Rússia fabrica 70% do material comprado por Nova Déli.

O valor dos acordos militares não é divulgado oficialmente, mas segundo as agências de notícias russas chegaria a US$ 2,9 milhões.

“A Rússia é um aliado-chave em nossos esforços para modernizar as forças armadas”, disse Singh depois de firmar com Putin dez acordos nas áreas de ciência, cultura, química, indústria farmacêutica, tecnologia e educação.