França e EUA se unem para mediar trégua em Gaza

A França e os Estados Unidos somarão esforços diplomáticos para evitar violações na trégua firmada entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. A decisão, o primeiro passo do que pode se tornar uma nova política conjunta para o Oriente Médio, foi anunciada ontem, em Paris, após reuniões entre o enviado especial americano à região, George Mitchell, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o chanceler francês, Bernard Kouchner.

Os dois países tentam mediar um cessar-fogo prolongado no território palestino. A reunião entre Mitchell e Kouchner também serviu como preparatória para a visita que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, faria a Sarkozy na noite de ontem, como parte de um giro diplomático por países europeus.

Após o encontro, Kouchner revelou a prioridade tanto dos EUA quanto da França: “É preciso agir rápido para prestar apoio a Abbas e reabrir os pontos de passagem entre Israel e a Faixa de Gaza.” O chanceler francês discutiu com Mitchell a proposta francesa de “reconciliação interpalestina”, que prevê uma união entre o grupo Fatah, liderado por Abbas – que administra a Cisjordânia -, e o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde junho de 2007.

Mitchell não levou propostas concretas para relançar o processo de paz. O temor dos governos dos EUA e da França é o de que a trégua, ainda frágil, possa ser rompida com ataques em grande escala a qualquer momento. Uma nova investida israelense ampliaria o número de mortes em Gaza, que chegou a 1,3 mil em 22 dias de conflito. Mesmo após o fim oficial das hostilidades, dia 18, a trégua foi desrespeitada pelos dois lados.

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