Farc mataram reféns com tiros à queima roupa nas costas

As necropsias realizadas nos corpos de quatro reféns que foram assassinados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no sábado revelaram que eles foram atingidos por balas de fuzil nas costas e a menos de 1,5 metro de distância.

Segundo o diretor do Instituto Médico legal (IML), Carlos Valdez, que revelou as informações, “em todos os casos os orifícios de entrada foram posteriores e sua trajetória de trás para frente”.

Valdez também disse que “em três das vítimas foram apresentados impactos de bala de armas de fogo no crânio e lesões no tórax”.

O diretor ainda afirmou que “se pode comprovar resíduos de pólvora macroscópica e também por meio de provas químicas que indicam uma distância de disparo menor a 1,5 metro”.

O especialista acrescentou que os disparos dos guerrilheiros foram feitos por fuzis e revelou que nas roupas dos reféns foram encontrados “pertences e documentos de conteúdo pessoal e de grande significado para suas famílias”.

Ele negou dar “detalhes particulares” das necropsias ao recordar que essa informação está reservada à Procuradoria-Geral da República, que realiza uma investigação sobre o caso.

Os integrantes da Polícia Nacional, o coronel Edgar Yesid Duarte, o major Elkin Hernández Rivas, sequestrados desde 13 de outubro de 1998, e o intendente-chefe Álvaro Moreno, que foi cativo em 9 de dezembro de 1999, além do sargento do Exército José Libio Martinez, refém que mais tempo passou sobre poder das Farc, desde 21 de dezembro de 1997, foram mortos durante uma operação militar contra uma estrutura da guerrilha no estado de Caquetá.

Um quinto refém, o suboficial da polícia Luis Alberto Erazo Maya, conseguiu fugir durante o combate entre as Farc e o Exército colombiano. Ele foi encontrado perto da região onde os corpos de seus companheiros foram localizados.