Evento na Polônia marca 70 anos do início da 2ª Guerra

Líderes polacos, diplomatas e veteranos se reuniram às 4h45 (hora local) de hoje, em Westerplatte, perto de Gdansk, para marcar o 70º aniversário da eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-45). Exatamente 70 anos atrás, um navio nazista abriu fogo contra um forte polonês em Westerplatte, no Mar Báltico. Os 180 soldados no forte impuseram uma heroica resistência, durante uma semana, contra 3.500 soldados alemães. Os disparos do navio Schleswig-Holstein, naquela sexta-feira, no dia 1º de setembro de 1939, foram o início do conflito global que custou 50 milhões de vidas, incluindo seis milhões de judeus mortos no Holocausto.

Líderes de mais de 20 nações, dos dois lados envolvidos no conflito – entre eles a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin -, devem se reunir hoje nas ruínas do forte Westerplatte para lembrar o início do conflito mais sangrento da história, cujo legado ainda perdura e divide opiniões. “Nós estamos aqui para lembrar quem nessa guerra era o agressor e quem era a vítima, pois, sem uma memória honesta, nem a Europa, nem a Polônia, nem o mundo viverão em segurança”, afirmou o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, em uma cerimônia antes do amanhecer.

O presidente polonês, Lech Kaczynski, lembrou que em 17 de setembro de 1939 “a Rússia bolchevique deu uma facada nas costas da Polônia” ao ocupar territórios a leste, sob o pacto Molotov-Ribbentrop, entre Alemanha e a União Soviética. Na Polônia, “a noite da ocupação foi marcada pelo holocausto judeu, mas também pelo massacre de militares poloneses em Katyn”, cometido pela polícia política de Stalin, lembrou Kaczynski.

Discursos

A principal cerimônia em Westerplatte deve ocorrer nesta tarde, com a presença de quase 20 chefes de governo. Entre os convidados estão o primeiro-ministro da França, Nicolas Sarkozy, da Itália, Silvio Berlusconi, e da Suécia, Fredrik Reinfeldt, também presidente de turno da União Europeia. Os Estados Unidos serão representados pelo o assessor de segurança nacional do presidente Barack Obama, James Jones. Os discursos de Merkel e Putin receberão especial atenção, pelas interpretações divergentes sobre a Segunda Guerra em geral mostradas nessas cerimônias para marcar o conflito. As informações são da Dow Jones.

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